George Ashley • Cameile Henry

Cor de pele na sala de aula do ensino fundamental:

educando crianças sobre raça

A pandemia da covid-19 foi um grande choque para o nosso mundo moderno, reformulando a forma como as sociedades operam em todo o mundo. Outro evento importante que abalou nosso mundo recentemente foi o impacto da morte de George Floyd. Em 25 de maio de 2020, George Floyd, um negro americano de 46 anos, foi preso pela polícia em Minneapolis, Minnesota, por supostamente tentar comprar cigarros em uma loja de conveniência com uma nota falsa de 20 dólares. Devido a ações ilegais de um policial branco, com a ajuda de três policiais de apoio, o que poderia ter sido uma prisão legal de rotina se transformou em uma tragédia fatal, resultando na morte de George Floyd. Esse incidente, que foi testemunhado publicamente e filmado por uma testemunha ocular, foi rapidamente compartilhado com o público através da mídia social e instantaneamente se tornou um dos vídeos mais vistos do mundo na ocasião. O vídeo que mostra o terrível assassinato de George Floyd enquanto estava sob custódia de policiais brancos provocou uma mobilização sem precedentes de protestos globais contra a discriminação racial. O fácil acesso global à mídia tradicional e à mídia social permitiu que uma grande parte do mundo, incluindo crianças, testemunhasse a morte de George Floyd.

As crianças não são cegas ou imunes ao impacto dos grandes eventos sociais que ocorrem em nossa comunidade mundial. As imagens gráficas da morte de George Floyd desencadearam uma conversa universal sobre o racismo, uma discussão que chegou a muitas escolas públicas e privadas, criando uma plataforma de esclarecimento fundamental para as crianças compreenderem melhor questões relacionadas a raça e racismo. Mas os educadores adventistas do sétimo dia têm a responsabilidade de abordar tópicos sociais relacionados à raça dentro da sala de aula que incluem questões como pessoas de cor1 nos Estados Unidos tendo taxas significativamente mais altas e a probabilidade do seguinte:

  1. Ser alvo da polícia;
  2. Maiores taxas de mortalidade por covid-19 e maiores taxas de doenças e mortes por múltiplas causas relacionadas à saúde;2
  3. Convívio com lixo tóxico não regulamentado (justiça ambiental);
  4. Taxas de negação de hipotecas significativamente mais altas (injustiça econômica).3

Se isso é um fato, então como essas desigualdades raciais devem ser discutidas dentro de nossas escolas?

Desafios raciais

Raça, etnia e cultura são tópicos frequentemente interligados; etnia e cultura estão ligados ao ambiente da pessoa (por exemplo, nacionalidade, religião, tradições), enquanto raça se refere à definição social de seres humanos com base em características físicas, como cor da pele.4 Preconceito contra outras pessoas com base na raça, etnia, identidade tribal, religião e muitos outros fatores ocorrem em todas as partes do mundo. Dos remanescentes do apartheid na África do Sul às tensões étnicas na Europa, das hostilidades entre han e uigures na China, árabes e curdos no Iraque, ou hutus e tutsis em Ruanda, para citar alguns, desafios raciais e étnicos persistem, e as crianças estão vendo e sendo afetadas por isso.

Para obter um vislumbre dos pensamentos e sentimentos atuais dos educadores adventistas do ensino elementar sobre o tema da raça nas escolas adventistas elementares, entrevistas qualitativas foram conduzidas usando o método de amostragem por conveniência para entrevistar um pequeno grupo de professores adventistas do Jardim ao Fundamental I selecionados do Canadá e dos Estados Unidos (ver “Notas e Referências” para uma descrição mais detalhada do grupo de amostra).5 Embora esta seja uma perspectiva norte-americana limitada quando comparada com a Igreja Adventista global, ela fornece algumas percepções sobre os sentimentos das crianças sobre raça dentro do sistema escolar da igreja e suas opiniões sobre os desafios raciais atuais que os professores adventistas na América do Norte e em outros locais podem enfrentar na sala de aula. A seguir estão alguns exemplos que foram compartilhados.

Uma professora de jardim de infância disse que nenhum humano vivo hoje sabe exatamente como Jesus era, mas a imagem comumente perpetuada retrata Jesus de pele clara e cabelos longos.6 Essa professora intencionalmente colocava diferentes representações raciais de Jesus em sua sala de aula no início de cada ano escolar. Um dia, enquanto contava uma história sobre Jesus durante o momento de contar histórias, a professora apontou para uma foto em que Jesus era retratado com pele negra. Um aluno comentou: “Esse não é Jesus; o rosto de Jesus não é moreno!”

Outra professora compartilhou uma observação interessante que veio de um aluno negro de 7 anos de idade em sua classe em uma escola adventista predominantemente branca. Durante a aula de arte, os alunos foram convidados a fazer um desenho de si mesmos usando os lápis de cor e giz de cera fornecidos para eles. Esse aluno usou um giz de cera chamado “tom de pele”, um giz de cera rosa pálido projetado para se assemelhar ao tom de pele branco caucasiano. Quando o professor perguntou por que ele escolheu essa cor, ele afirmou inocentemente que o giz de cera dizia: “tom de pele”.

Outro exemplo de desafios que os professores adventistas do ensino fundamental estão enfrentando, que é apoiado por pesquisas acadêmicas, são as limitadas oportunidades de aprendizado racial e social oferecidas às crianças, especialmente crianças pequenas que passaram muito pouco tempo na escola por causa da pandemia. A covid-19 afetou negativamente o desenvolvimento social das crianças devido às políticas sociais que regem os países em todo o mundo, que exigiam a manutenção do distanciamento físico e social, o que impedia a interação social natural que normalmente ocorreria entre as pessoas.7 Crianças nascidas pouco antes e durante esse período de incerteza global tiveram menos oportunidades de socializar com pessoas de diferentes grupos raciais devido ao seu contato limitado com pessoas fora de suas famílias diretas (por exemplo, em parques, mercearias e na comunidade em geral). Como resultado, para algumas crianças que entram na escola – muitas das quais foram colocadas em quarentena em casa e impedidas de se socializar com outras pessoas, houve um aumento na ansiedade de separação e no medo de serem expostas a características raciais de pessoas que talvez não tenham encontrado anteriormente cara a cara.8

Esses são apenas três exemplos de questões relacionadas à raça enfrentadas por professores do ensino fundamental em escolas adventistas e a necessidade de os professores ajudarem seus alunos a aprender como entender adequadamente a raça e/ou os preconceitos raciais sistêmicos que existem na sociedade.

Você ainda não tem certeza se os educadores adventistas têm a responsabilidade de abordar questões sociais relacionadas à raça na sala de aula do ensino fundamental? A próxima seção do artigo fornece informações adicionais sobre por que os participantes entrevistados acreditam que a educação racial é responsabilidade dos professores de sala de aula.9

A mídia

Um participante experiente do ensino fundamental adventista do sétimo dia expressou a forte crença de que estereótipos raciais negativos podem ocorrer dentro de algumas de nossas escolas adventistas. Esse educador afirma que “mesmo antes de entrar em nossas escolas [adventistas do sétimo dia], algumas de nossas crianças podem já ter uma imagem pré-concebida e negativa de outros grupos raciais devido à forte influência da mídia tradicional e social, que pode apoiar seu preconceito implícito ou explícito.”10 A pesquisa revela a prevalência de preconceito racial sistêmico e estereótipos pela mídia (por exemplo, pessoas negras são menos propensas a ser retratadas em papéis positivos, como funcionários nomeados, médicos, advogados etc.) e mais propensos a ser retratadas em papéis negativos (por exemplo, ser criminalmente ativo, violento e perigoso) quando comparado com suas contrapartes caucasianas, o que cria uma hierarquia racial social.11

Oportunidades limitadas para interação racial

Um administrador de escola de ensino fundamental adventista que foi entrevistado observou que a composição racial dentro de seu sistema escolar adventista mudou dramaticamente nos últimos 10 a 15 anos. Quando questionado sobre o que achava estar no cerne dessa mudança, ele afirmou que “a maioria dos pais [adventistas do sétimo dia, doravante adventistas] nesta região não discutiria isso publicamente, no entanto, muitos pais [adventistas] pertencentes ao maior grupo racial não quer que seus filhos interajam com crianças de grupos raciais minoritários”. Quando perguntado por que ele se sentia assim, ele afirmou: “[...] por causa de seus próprios medos, muitas vezes criados pela interação limitada com outros grupos raciais, e a projeção negativa desses grupos pela mídia, que pode criar medo e apreensão de certos grupos raciais. Infelizmente, alguns pais acreditam que certos grupos raciais influenciarão negativamente seus filhos que frequentam nossas escolas [adventistas] e os transferem para escolas que consideram mais apropriadas para seus filhos. Como resultado, muitas de nossas escolas se tornam silos raciais, frustrando a oportunidade natural para nossos filhos [adventistas] interagirem e aprenderem com outros grupos raciais e étnicos. Esses silos diminuem as oportunidades dos alunos de desenvolver amizades multirraciais [adventistas] duradouras que poderiam dar grandes passos em direção ao antirracismo, equidade, inclusão e diversidade, influenciando positivamente a direção futura de nossas escolas e igreja.”

Incerteza sobre a responsabilidade de educar crianças acerca da raça

Outro tema citado pelos educadores foi a incerteza sobre quem é o responsável por discutir esse conteúdo com as crianças. Essa incerteza pode criar um vazio na estruturação de uma experiência de aprendizado coesa em nosso sistema escolar. Um professor observou que alguns professores simplesmente não querem ofender ninguém discutindo esse tópico ou se sentem despreparados para se envolver em atividades de educação antirracista com crianças.

Os professores não devem relutar em abordar o tema da raça, pois a sala de aula do ensino fundamental é o fórum por meio do qual valores sociais importantes são compartilhados e discutidos, impactando o domínio afetivo das crianças, onde esses valores são internalizados.12

O desenvolvimento da consciência racial entre as crianças

Pesquisas sugerem que as crianças estão cientes das diferenças raciais desde a infância13 e que crianças de até 2 anos de idade usam categorias raciais para raciocinar sobre comportamentos individuais.14 Além disso, crianças de 3 a 5 anos não apenas categorizam as pessoas por raça, mas também:

  1. desenvolvem preconceitos raciais;
  2. usam categorias raciais para se identificar e para incluir ou excluir crianças de atividades;
  3. negociam o poder em suas próprias redes sociais/recreativas com base na raça.15

Esses estudos revelam que as crianças entram na escola com ideias preconcebidas e suas próprias interpretações aleatórias sobre raça. Idealmente, a sala de aula deve ser o local para reforçar os conceitos positivos de consciência racial que as crianças aprenderam em casa. A relutância dos educadores em falar com as crianças sobre raça/identidade racial/racismo ou ser “não preconceituoso” deixará um vazio em suas mentes inquisitivas sobre um assunto do qual provavelmente estão bem conscientes.16 Educadores cristãos, então, devem estar preparados para ajudar as crianças a aprender a interagir positivamente umas com as outras à medida que aprendem sobre as diferenças e semelhanças das pessoas.

Educação básica e responsabilidade pela educação racial

Estamos vivendo uma época de tremenda agitação social, uma época em que a consciência da justiça racial se tornou uma questão global gritante. Esta é uma oportunidade para os educadores do ensino fundamental das escolas adventistas reconhecerem este desafio e aceitarem a responsabilidade de esclarecer seus alunos sobre a beleza da diversidade racial. Deus criou a diversidade de cor humana, e todas as crianças em nossas aulas irão, em algum momento, interagir com pessoas de diferentes origens raciais. Negligenciaremos uma parte integrante do propósito da experiência educacional de cada criança se optarmos por ignorar essa responsabilidade instrutiva? Cada criança traz sua própria história racial, étnica e cultural para a sala de aula, que, quando compartilhada, pode aumentar a apreciação dos alunos sobre a riqueza da diversidade racial humana e prepará-los para se engajar no mundo como pensadores imparciais e independentes. Afinal, como as crianças podem obedecer ao mandamento “ame o seu próximo como a si mesmo” (Marcos 12:31, NVI)17 se eles não entendem nem apreciam o seu próximo que pode parecer e falar de maneira diferente?

Nos últimos 70 anos, a migração global aumentou significativamente a diversidade racial e étnica nas salas de aula do ensino fundamental, especialmente na América do Norte e na Europa.18 É nossa responsabilidade como professores estar preparados para receber e acomodar novos grupos raciais de alunos que entram em nossas salas de aula.

As crianças que vivenciam o racismo em nossas escolas e igrejas ou na sociedade são afetadas por seus efeitos prejudiciais de longo prazo em sua saúde e bem-estar.19 Portanto, é importante que os educadores adventistas abram espaço em seu currículo para integrar os princípios antirracistas que permitirão que todas as crianças se sintam valorizadas, aceitas e conectadas aos professores e colegas dentro do ambiente de sala de aula.

Como Abordar o Tema do Racismo no Ambiente da Sala de Aula

Um estudioso observou que a relutância de alguns professores em incluir questões relacionadas à raça na experiência geral de aprendizado em sala de aula não decorre de sua aversão a esse conteúdo, mas simplesmente de não terem sido treinados para transmitir esse conhecimento de maneira eficaz. Como resultado, eles permanecem calados sobre esse assunto, o que permite que o racismo se perpetue.20

Como os educadores cristãos do nível fundamental podem preencher a lacuna da falta de familiaridade e desconforto em relação ao tema da raça? Quais são algumas ferramentas que os educadores cristãos podem usar para discutir raça e antirracismo com crianças pequenas? A discussão a seguir representa caminhos que os educadores podem infundir em seu próprio crescimento profissional para estruturar efetivamente o ambiente da sala de aula para incluir de forma impactante o tema da raça.

1. Aceitar o próprio desconforto

Como educadores cristãos, uma das coisas que naturalmente queremos fazer em uma sala de aula é evitar desconforto, angústia ou problemas que possam nos deixar desconfortáveis – em outras palavras, “jogar seguro”. No entanto, devemos entender que é natural nos sentirmos desconfortáveis em abordar esse tópico em sala de aula. Muitas sociedades evitam discussões sobre questões raciais porque elas fazem as pessoas se sentirem desconfortáveis; no entanto, ter conversas difíceis e superar o desconforto é a única maneira de alcançar uma mudança significativa. O envolvimento nesse tópico fornecerá aos alunos princípios e ferramentas fundamentais para navegar em suas próprias crenças e para prepará-los para responder adequadamente quando se depararem com esses tópicos no futuro.

As crianças se identificam com sua raça como parte de sua identidade, assim como fariam com seu gênero, etnia ou afiliação religiosa. O espaço da sala de aula deve ser um lugar seguro para se comunicar com as crianças sobre esses tópicos. É importante que nossos alunos vejam nossos pensamentos e emoções genuínas sobre questões raciais no ambiente de sala de aula. Só então eles podem se sentir autênticos na experiência com seus professores e funcionários da escola.

Indo além do multiculturalismo

Alguns professores do ensino fundamental podem achar que incorporar o multiculturalismo (igualdade educacional por meio do reconhecimento e celebração de todos os grupos étnicos e culturais) na sala de aula é a melhor maneira de abordar a questão racial. No entanto, a ideia de ver todos os alunos apenas através de uma lente de multiculturalismo não aborda adequadamente as diferenças de hierarquia de poder racial e colorismo/shadeísmo (preconceito baseado na cor da pele de um indivíduo, geralmente com a cor mais clara sendo vista como preferida dentro de grupos raciais) porque o multiculturalismo não aborda o preconceito racial, a disparidade, as identidades multirraciais e o impacto geral do racismo que as crianças precisam saber ao aprender sobre raça.21

2.   Reconheça que Deus criou um mundo cheio de diferenças

Ao refletirmos sobre o mundo biológico que Deus criou, uma coisa fica bem clara: Deus deve valorizar as diferenças. Nosso Criador estabeleceu diferenças dentro das mesmas espécies de plantas e animais em todo o mundo natural. A maioria dos professores sente-se bastante à vontade para discutir a diversidade em plantas e animais, mas pode se sentir relutante em falar sobre diversidade racial na sala de aula ou na sociedade. As crianças já podem estar experimentando os resultados dessa relutância por terem de lidar de forma independente com os desafios do preconceito racial implícito e explícito dentro de nossas escolas (por exemplo, bullying), que podem afetar negativamente sua saúde e bem-estar.22

Há dois desafios que gostaríamos de destacar para os educadores adventistas ao abordar a questão de raça na sala de aula. A primeira é garantir a equidade racial em nossas salas de aula, o que significa reconhecer que alguns grupos podem entrar em nossas salas de aula com déficits baseados em disparidades socioeconômicas familiares.23 Portanto, equidade para professores significa ser capaz de ensinar crianças com base em suas necessidades e requisitos específicos. O segundo é realmente discutir o tópico de uma maneira que traga maior compreensão e apreciação. Em essência, garantir que os pais e membros da comunidade entendam que essas discussões são projetadas para ajudar as crianças a construir um relacionamento positivo com seu Criador, que valoriza a diversidade, em vez de promover uma agenda política. Isso se encaixa bem com a declaração de Ellen White de que “verdadeiros mestres não se satisfazem com trabalho de segunda categoria. Não se satisfazem em direcionar seus alunos a um padrão inferior ao que lhes é possível alcançar. Eles não podem se contentar em transmitir apenas conhecimento técnico [...] É sua ambição inspirar os alunos com princípios que os tornarão uma força positiva para a estabilidade e elevação da sociedade.”24

3.   Parceria com os pais

Pais e mães desempenham um duplo papel como pais e educadores; eles são os primeiros modelos e agentes socializadores, de quem as crianças aprendem valores fundamentais, bem como normas culturais e sociais. É imperativo que os pais autoavaliem seus próprios pensamentos e crenças e identifiquem e corrijam quaisquer perspectivas racialmente tendenciosas que possam, consciente ou inconscientemente, influenciar a perspectiva de seus filhos sobre raça. Evitar os estereótipos raciais no início do desenvolvimento de uma criança pode ajudar a prevenir comportamentos prejudiciais quando as crianças entrarem na escola.25

Professores e administradores educacionais podem ter conversas difíceis com os pais de algum aluno sobre um incidente racial que tenha ocorrido ou uma perspectiva racial negativa que os pais ou outros membros da família tenham incutido na criança. Não fujam do assunto. Busquem em oração a sabedoria de Deus sobre como conversar com os pais com tato sobre o assunto antes de iniciar a conversa. As sugestões para abordar essas conversas difíceis incluem o seguinte:

 A. Visualize o resultado final

  • Conheça o resultado que deseja alcançar. Você está buscando ação em um assunto, apoio ou tentando ajudá-los a entender uma nova perspectiva?

B. Comece sua jornada

  • Ajude-os a entender por que você considera a equidade racial, a aceitação e a inclusão tão importantes.

C. Use a perspectiva dos filhos deles

  • Discuta como eles gostariam que seus filhos lidassem com a questão da raça como cidadãos deste mundo e do mundo vindouro.

D. Evite confrontos

  • As pessoas não querem que lhes digamos o que fazer, especialmente em relação a um assunto tão delicado. Evite frases como: “Isso está errado”; em vez disso, use uma linguagem que ajude os pais a ver uma nova perspectiva. Por exemplo: “Você já pensou como seu filho se sentiria se estivesse nessa situação?”

E. Crie e compartilhe políticas escolares

  • As escolas devem ter políticas em vigor para ajudar os educadores a abordar esses tópicos. As formas de elaboração de políticas eficazes serão discutidas em um próximo artigo (ver Quadro 1). Se, no entanto, as políticas já estiverem em vigor, compartilhe-as com os pais junto com os padrões e diretrizes que a escola espera que os alunos e as famílias sigam. Por exemplo, criando um senso de pertencimento, bem-estar e respeito pela equidade, diversidade e inclusão ao qual todos os envolvidos na liderança da comunidade escolar devem aderir.

F. Resuma a experiência

  • Conclua pedindo ao(s) pai(s) que resumam o que aprenderam com a discussão e se há coisas que eles poderiam fazer de maneira diferente.

G. Ofereça recursos

  • Esteja preparado para fornecer recursos úteis (ou seja, videoclipes, artigos, livros) para auxiliá-los.

Um estudo acadêmico recente sugeriu que, quando os jovens se envolvem em conversas produtivas sobre raça em casa e no ambiente escolar, sua própria autoconsciência aumenta, e eles ficam mais abertos para abraçar suas próprias identidades raciais, bem como as dos outros.26 Esses locais fornecem a plataforma para as crianças analisarem o impacto da equidade racial em suas próprias comunidades, criando oportunidades para aumentar seu nível de compaixão, empatia e confiança em discussões significativas sobre raça.27

4.  Ajude as crianças a entender o preconceito racial e como tratá-lo adequadamente

Ajude as crianças a estruturar como abordar adequadamente o preconceito racial para que saibam como negociar esse tópico caso ocorra em sua vida diária. Isso pode consistir em atividades como discussões, dramatizações e videoclipes expondo-os a vários cenários de casos que expandem sua compreensão do preconceito racial. Os professores também podem usar situações reais que ocorrem na sociedade para ajudar os alunos a enquadrar e entender como responder ao racismo (ver Barra Lateral 1: Recursos para professores para uma variedade de recursos e atividades que os professores podem usar em sala de aula).

5.  Utilize eventos especiais para dar vida à consciência racial na sala de aula

Em fevereiro de 1926, Carter Woodson organizou o primeiro Mês da História Negra nos Estados Unidos, destinado a reconhecer as diversas contribuições e conquistas dos negros para as civilizações atuais e passadas.28 Desde então, outros grupos criaram seus próprios meses de reconhecimento para conscientização pública e aprendizado, como o Mês da Herança Hispânica em outubro. Embora esses eventos oficiais sejam importantes e possam ampliar nossa compreensão das contribuições de diferentes grupos raciais e étnicos, o objetivo deve ser tornar a inclusão racial, a equidade e a diversidade um componente natural de nosso currículo ao longo do ano. O currículo implícito e explícito deve destacar as realizações e contribuições de diversos indivíduos em várias áreas de conteúdo (por exemplo, acadêmicos, costumes, história, ciências, idiomas, alimentação, feriados etc.). Evite usar a celebração de eventos culturais como a principal abordagem da escola para promover a consciência racial. Lembre-se, a questão principal da raça é a identidade; não se trata apenas de eventos culturais ou costumes.

Embora os professores adventistas façam parte de uma comunidade global de ensino adventista do sétimo dia, os professores em diferentes localizações geográficas não terão acesso direto aos mesmos eventos, lugares históricos, pessoas ou recursos gerais; no entanto, os professores podem recorrer a seus próprios recursos locais exclusivos para promover a consciência racial na sala de aula (por exemplo, museus, marcos históricos da comunidade). Por exemplo, uma escola convidou um membro centenário da igreja para falar às crianças sobre como foi sua vida durante a era dos direitos civis nos Estados Unidos.

6.   Use princípios bíblicos para estimular perspectivas saudáveis de longo prazo sobre raça

Tópicos devocionais perspicazes são um excelente método que os professores podem usar para ajudar as crianças a aceitar, apreciar e ter empatia com a situação de outros grupos raciais e entender por que as pessoas pensam da maneira como pensam. A Bíblia está repleta de ilustrações que educam as crianças sobre como Deus vê a raça. Um excelente exemplo é a parábola do bom samaritano. Os professores podem modernizar a história para incluir a questão da raça, ajudando as crianças a ver que o seu próximo são pessoas de todos os grupos raciais.

Outro grande exemplo bíblico é como Paulo abordou as atitudes discriminatórias e racistas dos judeus contra os gentios. Em vez de ignorar o problema, Paulo confrontou a prática diretamente, afirmando que “não há diferença entre judeu e gentio; o mesmo Senhor é o Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam” (Rm 12:2).

O ministério de Filipe ao etíope (uma pessoa negra), resultando no batismo do homem, é outro exemplo que ilustra o amor e o cuidado de Deus pelas pessoas de todas as raças.

7.   Incorpore os princípios de “o fruto do Espírito”

Incorporar no currículo princípios bíblicos fáceis de entender embutidos nos “frutos do Espírito” (Gl 5:22, 23) para gerar perspectivas não tendenciosas sobre raça é outra ferramenta útil. Ao desenvolver planos de aula, os professores podem fazer um esforço consciente para incluir o fruto do amor, ajudando os alunos a ver como o amor de Deus é realizado quando eles veem e tratam pessoas de diferentes grupos raciais com amor piedoso.

Outro exemplo de fruto do Espírito é o autocontrole. Os professores podem tornar esse princípio prático para as crianças ajudando-as a ver como praticar o autocontrole em seu comportamento em relação a pessoas que parecem diferentes delas – abstendo-se de comentários verbais negativos impulsivos sobre a cor de sua pele, cabelo ou aparência – e ajudando-as a praticar isso dentro do ambiente de sala de aula. As crianças precisam saber que não há problema em reconhecer as diferenças entre os seres humanos; entretanto, não devemos considerar tais diferenças como indicação de que a pessoa é inferior, desvalorizada ou má, ou que ela é superior, valorizada ou boa. Em vez disso, ajude os alunos a procurar características positivas que demonstrem os frutos do amor e da bondade. Queremos que eles entendam e valorizem as diferenças que veem uns nos outros. Colocar os princípios do fruto do Espírito em ações práticas e demonstráveis que as crianças possam usar ajudará a solidificar em suas mentes que todas as pessoas, independentemente da cor, fazem parte da família de Deus.

Finalmente, quando ocorrerem grandes incidentes raciais, como a morte de George Floyd, ajude as crianças a entender o que ocorreu, convidando-as a se apoiar no poder da oração, onde crianças e adultos podem orar juntos por conforto e cura para os indivíduos afetados por esses infelizes incidentes.

8.   A sala de aula como modelo de experiência para aprender sobre raça

Os professores devem dar uma olhada introspectiva nos materiais visuais que decoram suas salas de aula, bem como nos materiais de vídeo e áudio e nos livros didáticos que usam. Eles refletem pessoas de diferentes grupos raciais? Que perspectiva de raça as crianças irão absorver com base nos materiais postados nos quadros de avisos, histórias compartilhadas em livros, vídeos e outros materiais de aprendizagem em sua sala de aula? Os materiais no ambiente incluem raças diferentes? É importante refletir intencionalmente a diversidade nos materiais usados no ambiente de sala de aula. Mesmo que esses recursos não incluam uma variedade de grupos raciais, ainda é vital que o professor inclua intencionalmente outros grupos raciais em suas apresentações para ajudar a aumentar a familiaridade e criar oportunidades de discussão. Reservar um tempo para garantir de forma equitativa a inclusão de assuntos de diversos grupos raciais ajudará os alunos a apreciar as diferenças. Isso pode exigir um esforço extra da parte do professor, mas ajudará muito a solidificar na mente das crianças as contribuições e os desafios de diferentes grupos raciais na sociedade moderna.

Uma professora do ensino fundamental de uma pequena escola adventista compartilhou este exemplo de uma atividade que ela usou para implementar a consciência racial em sua sala de aula do 1º ano. Ao falar sobre os anjos da guarda, ela usou imagens de anjos com diferentes tons de pele em uma apresentação em PowerPoint. Foi solicitado às crianças que apontassem para a imagem parecida com a que elas achavam que seu anjo da guarda tinha. Todas as crianças, exceto duas, que se identificaram como crianças negras, escolheram anjos que se assemelhavam à raça caucasiana, incluindo quatro crianças negras. A professora usou isso como um momento de ensino para ajudar as crianças a entender que as pinturas de anjos podem retratar diferentes raças e que as imagens de anjos com tons de pele mais escuros também são anjos de Deus, semelhantes aos anjos com outros tons de pele. Essa professora agora procura intencionalmente diversas maneiras de retratar imagens de Jesus e do cristianismo dentro da sala de aula para ajudar as crianças a ver que Deus abraça pessoas de todas as raças.

Um exemplo social recente que poderia ser usado para ajudar a direcionar a atenção das crianças para a desigualdade racial é a falta de água potável em Jackson, Mississippi, Estados Unidos, uma comunidade de maioria negra que viveu por décadas com manutenção adiada de suas estações de tratamento de água, resultando em uma recente crise hídrica quando a principal instalação de tratamento de água falhou. A cidade ficou sem água potável. Os professores podem compartilhar uma história como essa e perguntar aos alunos o que poderia ser feito para resolver esse problema. Se os alunos quiserem enfrentar essa questão de justiça social voluntariando-se para arrecadar fundos para enviar água potável aos moradores dessa cidade, os professores podem facilitar essa iniciativa, que deixará uma lembrança duradoura da importância de se envolver em questões sociais que impactam o ser humano.

Outro exemplo que ilustra o racismo em ação é a recente reação violenta contra pessoas de ascendência asiática que vivem na América do Norte e em alguns países europeus. Em alguns países, a China tem sido responsabilizada pela origem da pandemia de covid-19, levando a ataques racistas contra os asiáticos que vivem nesses locais. Os professores podem ajudar as crianças a entender essas injustiças, ouvir suas respostas e ideias sobre como abordá-las e, em seguida, ajudar a criar estratégias apropriadas para lidar com essas injustiças.

Embora o atual sistema de castas e shadeísmo na Índia não seja normalmente considerado uma questão racial,29 é uma questão social tão importante quanto a discriminação das pessoas com base nas famílias de origem ou na cor de sua pele. Os professores podem ensinar aos alunos sobre essa prática e ajudar as crianças a desenvolver estratégias para lidar com a questão do shadeísmo e dos sistemas de castas.

As reuniões de desenvolvimento do corpo docente oferecem outra oportunidade para os professores discutirem abertamente e compartilharem ideias sobre como inserir conteúdo antirracista no currículo. A experiência tem mostrado que algumas das melhores ideias de ensino surgem dessas sessões. Além disso, trazer especialistas que possam fornecer treinamento contínuo de sensibilidade sobre raça, etnia e diversidade cultural para professores, administradores, membros do conselho e pais ajudará a agilizar a aquisição de conhecimento e a implementação prática de maneira mais eficaz do que se eles fossem deixados para fazer essas coisas por conta própria.

Há uma variedade de recursos on-line gratuitos que podem ajudar os professores adventistas a abordar o preconceito racial em sala de aula, como vídeos do YouTube e atividades gerais de aprendizado on-line. Alguns exemplos desses recursos estão incluídos neste artigo (ver Barra Lateral 1). No entanto, o recurso mais significativo para os alunos é a atitude, o comportamento e a franqueza de seus professores.30 Os educadores adventistas de todos os níveis servem como modelos e desempenham um papel importante na vida das crianças. Quando os professores têm uma perspectiva imparcial e uma vontade de compartilhar abertamente sua própria jornada em direção à compreensão da identidade racial e das desigualdades raciais, isso pode causar uma grande impressão na mente das crianças. As crianças perceberão as atitudes e o comportamento dos professores em relação à diversidade racial. Mesmo que os adultos não estejam conscientes de que estão dando exemplo de atitudes raciais, as crianças estão sempre observando.

Conclusão

Ao lado dos pais, os professores têm mais influência sobre a perspectiva de mundo de uma criança, tornando-se uma responsabilidade “moral e ética” garantir que as crianças tenham uma compreensão adequada de nosso mundo, o que inclui questões raciais. Quando os professores conversam com as crianças desde cedo sobre raça, isso as ajuda a entender, respeitar e apreciar sua própria origem racial e a entender que todas as raças são igualmente valiosas.31

Os seres humanos criaram a divisão com base na cor, não Deus. Em Gênesis 1:26, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26, ênfase acrescentada). A Bíblia é clara ao declarar desde o início que todas as pessoas de todas as raças carregam a imagem de Deus. Nosso papel como educadores cristãos é fomentar a imaginação natural e a curiosidade entre as crianças, que as capacitará a ver a cor da pele como Deus planejou:

  • Um dom que nos permite ver o amplo espectro da capacidade criativa de Deus.
  • Uma oportunidade de entender e apreciar melhor as diferenças.
  • A convicção de que, embora a cor da nossa pele possa diferir externamente, temos muito mais em comum, física, mental e espiritualmente, porque todos fomos feitos à imagem de Deus.

Este artigo foi revisado por pares

George Ashley

George Ashley, PhD, LMSW, é professor de Serviço Social na Eastern Kentucky University (Richmond, Kentucky, Estados Unidos). Ele possui um PhD em Serviços Humanos (Walden University, Minneapolis, Minnesota, Estados Unidos) e é um assistente social licenciado. O Dr. Ashley serviu por mais de 25 anos como professor e administrador no ensino superior adventista e tem mais de 30 anos de extensa experiência na prática de serviço social com trabalho social escolar no ensino fundamental e médio e prática com crianças e família. O Dr. Ashley também atuou como consultor, facilitador de workshops e coach de pequenos grupos para educação Antirracismo, Equidade, Diversidade e Inclusão (Anti-racism, Equity, Diversity, and Inclusion - ADEI). Seus interesses de pesquisa incluem relações raciais, parentalidade e sexualidade humana. Ele é autor de vários artigos e revistas, tanto em periódicos acadêmicos quanto em revistas populares, e atuou como coeditor de vários livros.

Cameile Henry

Cameile Henry, MA, é professora e coordenadora do Programa de Educação Infantil (ECE) no Sheridan Institute of Technology & Advanced Learning em Toronto, Ontário, Canadá. Ela tem mestrado em educação infantil pela Ryerson University (Toronto, Ontário). A professora Henry participou do Relatório de Monitoramento Global da Educação para Todos e da reunião especial da força-tarefa global sobre Cuidados e Educação na Primeira Infância com as Nações Unidas em Nova York. Ela é uma facilitadora registrada do Circle of Security, um programa internacional que apoia os provedores de cuidados primários com as ferramentas para melhorar a construção de vínculos fortes com as crianças. Ela também é consultora, instrutora e coach para educadores e famílias sobre o tema raça, equidade, diversidade e inclusão; e atua como facilitadora certificada para a Associação de Adventistas do Sétimo Dia de Ontário, oferecendo treinamento em workshops para líderes de ministérios infantis no Canadá.

Citação recomendada:

George Ashley e Cameile Henry, “Cor de pele na sala de aula do ensino fundamental: educando crianças sobre raça,” Revista Educação Adventista 84:4 (2022). Disponível em: https://www.journalofadventisteducation.org/pt/2022.84.4.3.

NOTAS E REFERÊNCIAS

  1. O termo “pessoa de cor” é usado nos Estados Unidos para indicar que alguém não é branco. Isso inclui, por exemplo, negros, hispânicos, pessoas do Oriente Médio e de países asiáticos e mestiços ou descendentes de judeus. Ver https://www.merriam-webster.com/dictionary/person%20of%20color. No entanto, questões de raça não são apenas entre negros e brancos, e não é apenas um fenômeno americano.
  2. Centros de Controle e Prevenção de Doenças, “Racismo e Saúde” (24 nov. 2021). Disponível em: https://www.cdc.gov/minorityhealth/racism-disparities/index.html.
  3. Liz Mineo, “A Reading List on Issues of Race,” The Harvard Gazette (2020). Disponível em:
    https://news.harvard.edu/gazette/story/2020/06/a-reading-list-on-issues-of-race/; The White House, “Advancing Equity and Racial Justice Through the Federal Government: Executive Order 13985”. Disponível em: https://www.whitehouse.gov/equity/;  U.S. Centers for Disease Control and Prevention, “Racism and Health” (n.d.). Disponível em: https://www.cdc.gov/minorityhealth/racism-disparities/index.html.
  4. Stephen Cornell e Douglas Hartmann, Ethnicity and Race: Making Identities in a Changing World (Thousand Oaks, Calif.: Sage Publications, 2006).
  5. Os participantes desta investigação informal forneceram uma visão limitada sobre as perspectivas dos educadores adventistas do sétimo dia do nível fundamental sobre raça. Os participantes foram selecionados pelo método qualitativo de amostra por conveniência, método de pesquisa que facilita o acesso dos pesquisadores aos participantes devido à proximidade geográfica/regional, disponibilidade de tempo do pesquisador e do participante e vontade de participar da pesquisa. Cinco educadores adventistas do Canadá e dos Estados Unidos (dois homens e três mulheres, de diversos grupos raciais) foram contatados por telefone ou pessoalmente durante fevereiro de 2023 e entrevistados usando a mesma série de perguntas relacionadas às suas perspectivas sobre raça e educação adventista em nível fundamental. É importante notar que este é um tamanho de amostra muito pequeno. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma denominação mundial cujos membros possuem diversas perspectivas; assim, os participantes usados neste artigo forneceram uma perspectiva norte-americana limitada. Para proteger a privacidade dos professores participantes, os detalhes de identificação foram alterados.
  6.  Isaías 53:2 diz que Jesus não tinha “qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.” (NVI), e Apocalipse 1:14 e 15 dá um vislumbre do que João viu em visão. Estudos históricos mostram que Jesus provavelmente se parecia com “um judeu palestino que vivia na Galileia durante o primeiro século” (ver Sarah Pruitt, “The Ongoing Mystery of Jesus' Face” The History Channel (22 mar. 2021). Disponível em: https://www.history.com/news/what-did-jesus-look-like. Os Evangelhos de Mateus e Lucas oferecem uma genealogia que afirma isso.
  7. Najamuddin Najamuddin et al., “The Impact of The Dissemination of The Covid-19 Epidemic on Social Development in Early Children,” International Journal of Elementary Education 6:2 (2022). Disponível em: https://ejournal.undiksha.ac.id/index.php/IJEE/article/download/45336/22357.
  8. Sonia Gupta e Manveen Kaur Jawanda, “The Impacts of COVID‐19 on Children,” Acta Paediatrica 109:11 (2020): 2,181. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/apa.15484.
  9. Monish Bhatia, Scott Poynting e Waqas Tufail, eds., Media, Crime and Racism (London, U.K.: Palgrave Macmillan, 2018).
  10. Comentário de um educador adventista do ensino fundamental e participante do estudo.
  11. Jonathan Intravia e Justin T. Pickett, “Stereotyping Online? Internet News, Social Media, and the Racial Typification of Crime,” Sociological Forum 34:3 (2019): 616-642.
  12. Roy M. Bohlin, “How Do K-12 Teachers Apply the Affective Domain in Their Classrooms?” Educational Technology 38:6 (1998): 44-47; David Blazar e Matthew A. Kraft, “Teacher and Teaching Effects on Students’ Attitudes and Behaviors,” Educational Evaluation and Policy Analysis 39:1 (2017): 146-170; Jessica Sullivan, Leigh Wilton e Evan P. Apfelbaum, “Adults Delay Conversations About Race Because They Underestimate Children’s Processing of Race,” Journal of Experimental Psychology: General 150:2 (2021): 395.
  13. N. K. Suarni, G. N. Sudarsana e M. N. M. I. Y. Rosita, “Teacher’s Quality of Pedagogical Influence on a Student’s Character in the Society 5.0 Era.” In Educational Innovation in Society 5.0 Era: Challenges and Opportunities, Yoppy Wahyu Purnomo, ed. (Oxfordshire, U.K.: Routledge, 2021), 232-237.
  14. Sandra R. Waxman, “Racial Awareness and Bias Begin Early: Developmental Entry Points, Challenges, and a Call to Action,” Perspectives on Psychological Science 16:5 (2021): 893-902. doi.10.1177/17456916211026968.
  15. Ibid., 895.
  16. Joe R. Feagin and Debra Van Ausdale, The First R: How Children Learn Race and Racism (Lanham, Md.: Rowman & Littlefield Publishers, 2001); Erin N. Winkler, “Children Are Not Colorblind: How Young Children Learn Race,” PACE: Practical Approaches for Continuing Education 3:3 (2009): 1-8.
  17. Marcos 12:31. Salvo indicação contrária, todas as referências bíblicas neste artigo foram extraídas da Nova Versão Internacional da Bíblia. Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional, NVI.Todos os direitos reservados
  18. Sohyun An, “Learning US History in an Age of Globalization and Transnational Migration,” Journal of Curriculum Studies 41:6 (2009): 763-787. doi.10.1080/00220270903095993.
  19. Louise Derman-Sparks, Carol Tanaka Higa e Bill Sparks, “Children, Race and Racism: How Race Awareness Develops,” Interracial Books for Children Bulletin 11:3/4 (1980): 3-15. Disponível em: https://www.teachingforchange.org/wp-content/uploads/2012/08/ec_childrenraceracism_english.pdf; Maria Trent et al., “The Impact of Racism on Child and Adolescent Health,” Pediatrics 144:2 (2019); Fiyori T. Ghezae, Adenike Adebiyi e Jawwad Mustafa, “How Does Racism Affect the Mental Health and Wellbeing of Children and Young People in the UK?” The Lancet Psychiatry 9:1 (2022): 15, 16.
  20. Gloria Swinder Boutte, Julia Lopez-Robertson e Elizabeth Powers-Costello, “Moving Beyond Colorblindness in Early Childhood Classrooms,” Early Childhood Education Journal 39 (2011): 335-342.
  21. Rachel Berman et al., “Give Race Its Place: An Anti-racism Knowledge Sharing Initiative for Early Childhood Educators in Ontario,” eceLINK, 6:1 (2022): 42-54. Disponível em: https://assets.nationbuilder.com/aeceo/pages/2524/attachments/original/1655592286/Give_Race_Its_Place.pdf?1655592286.
  22. Jessica Sullivan, Leigh Wilton e Evan P. Apfelbaum, “Adults Delay Conversations About Race Because They Underestimate Children’s Processing of Race,” Journal of Experimental Psychology: General 150:2 (fev. 2021): 395-400. doi. 10.1037/xge0000851; Hasiya E. Yusuf et al., “The Impact of Racism on the Health and Wellbeing of Black Indigenous and Other Youth of Color (Bipoc Youth),” Child and Adolescent Psychiatric Clinics 31:2 (2022): 261-275. doi.10.1016/j.chc.2021.11.005.
  23. A igualdade garante que todos tenham acesso à mesma qualidade e número de recursos para que os resultados desejados possam ser alcançados; a equidade garante que os indivíduos tenham acesso aos recursos de que precisam, reconhecendo que alguns podem precisar de mais assistência do que outros para alcançar os mesmos resultados. Para mais informações, consulte Colleen Murphy, “Equity vs. Equality: What’s the Difference? Health (jan. 2023). Disponível em: https://www.health.com/mind-body/health-diversity-inclusion/equity-vs-equality.
  24. Ellen G. White, True Education (Nampa, Idaho: Pacific Press, 2000), p. 21.
  25. Derman-Sparks, Higa e Sparks, “Children, Race and Racism: How Race Awareness Develops.”
  26. Sullivan, “Adults Delay Conversations About Race Because They Underestimate Children’s Processing of Race,” p. 396.
  27. Ibidem.
  28. Disponível em: https://www.history.com/news/the-man-behind-black-history-month.
  29. O shadeísmo e o colorismo são formas de preconceito que ocorrem em comunidades de pessoas que compartilham o mesmo grupo étnico ou racial. Demonstra-se pelo tratamento preferencial àqueles do grupo que possuem tons de pele e características físicas mais claras e próximas dos caucasianos. O racismo difere por ser o preconceito daqueles que estão fora de um determinado grupo ou raça. Para mais informações, consulte De'Shane Frye, “What is Shadeism?” The Campus Chronicle (set. 2019). Disponível em: http://theasuchronicle.com/what-is-shadeism/; Meera Estrada, ‘Shadeism is the Dark Side of Discrimination We Ignore,” Global News (abr. 2021). Disponível em: https://globalnews.ca/news/5302019/shadeism-colourism-racism-canada/.
  30. Mary Mueller e Alisa Hindin, “An Analysis of the Factors That Influence Preservice Elementary Teachers’ Developing Dispositions About Teaching All Children,” Issues in Teacher Education 20:1 (2011): 17-34.
  31. Katherine A. Lingras, “Talking with Children about Race and Racism,” Journal of Health Service Psychology 47 (2021): 9-16.