Os alunos millennials1 têm características diferentes dos alunos das gerações anteriores,2 e sua vinda para as instituições adventistas de Ensino Superior está provocando uma mudança. Com base em conversas com uma parcela de alunos adventistas do sétimo dia que frequentam as faculdades e universidades da denominação, os autores descobriram que esses millennials estão procurando engajamento e querem que a cosmovisão bíblica adventista seja predominante em todos os seus cursos. Quando se formarem, os millennials adventistas querem estar prontos para enfrentar o mundo que os aguarda com sua cosmovisão bíblica desenvolvida. Como outros dessa geração, eles querem chegar a um entendimento de como as Escrituras se aplicam à sua vocação e chamado.3
Estabelecendo uma cosmovisão bíblica
Estabelecer uma cosmovisão bíblica em todos os cursos é de extrema importância nas instituições adventistas do Ensino Superior, especialmente quando todos têm acesso à riqueza de informações encontradas na internet hoje. Por exemplo, muitas universidades de primeira linha oferecem Cursos On-line Abertos e Massivos (Moocs) de graça,4 permitindo que indivíduos obtenham certificados de domínio e conclusão que podem ser usados para documentar o crescimento pessoal e profissional. Cursos realizados em faculdades e universidades adventistas, sejam on-line ou presenciais, precisam ser diferentes do que os alunos podem encontrar em qualquer curso on-line. Os cursos devem ser projetados para fornecer aos alunos uma perspectiva exclusivamente adventista, estruturada em uma base bíblica.
Josué deu aos israelitas uma escolha clara semelhante à escolha dada aos professores: “escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates” (ou seja, uma abordagem tradicional, ensinando da forma como fomos ensinados), “ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais” (isto é, uma abordagem contemporânea, ensinando como as coisas são ensinadas em outras instituições). “Eu e a minha casa” (sala de aula), “serviremos ao Senhor”5 (ou seja, seguir o plano divino para a educação construída sobre o fundamento da Escritura, comprometida com o serviço, com vista à eternidade).
A importância dessa escolha é destacada no livro Total Truth (Verdade total). A autora Nancy Pearcey adverte os professores sobre o que acontece quando alguém deixa de desenvolver uma abordagem bíblica ao passar o conteúdo do curso: “O perigo é que, se os cristãos não desenvolverem conscientemente uma abordagem bíblica no sujeito (acadêmico), então inconscientemente absorveremos alguma outra abordagem filosófica. Um conjunto de ideias para interpretar o mundo é como uma caixa de ferramentas filosófica, cheia de termos e conceitos. Se os cristãos não desenvolvem suas próprias ferramentas de análise, então, quando surgir alguma questão que eles querem entender, eles vão se aproximar e emprestar as ferramentas de outros - quaisquer que sejam os conceitos geralmente aceitos em seu campo profissional ou na cultura em geral [...] ‘As ferramentas moldam quem as usa.’”6
Uma pesquisa exaustiva da literatura não forneceu nenhum modelo de planejamento de curso com base bíblica e uma perspectiva adventista para aplicação dentro de instituições adventistas de Ensino Superior. Portanto, os autores optaram por desenvolver um modelo baseado em técnicas respeitadas fundamentadas em pesquisa, começando com um conceito bíblico claramente identificado como sua fundação. A seção seguinte descreve sete etapas para projetar um curso usando o Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica criado pelos autores.
Passos para o Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica
Passo 1: Criar um mapa conceitual do curso. O professor deve iniciar o processo “com o fim em mente”,7 por meio de uma reflexão específica sobre as seguintes questões: “Qual o conceito essencial do meu curso?” “Como esse conceito é uma verdade sobre Deus?” e “Que exemplos bíblicos (EBs) desse conceito podem ser compartilhados significativamente ao longo deste curso?” As respostas a essas perguntas são usadas para iniciar o desenvolvimento do Mapa Conceitual do Curso com Fundamentação Bíblica (MCCFB), uma representação visual do fundamento bíblico do curso e sua conexão com o conteúdo do curso. O mapa direciona o pensamento do professor, delineia o conceito bíblico do curso e sua conexão com os EBs, o conhecimento acadêmico e os processos do curso, juntamente com as avaliações que serão usadas para medir a compreensão do conteúdo pelo aluno. Em virtude de o MCCFB ser uma representação visual de todos os elementos essenciais do planejamento do curso, ele torna-se uma parte importante do programa de curso.
Tabela 1. Conceitos Bíblicos do Curso Identificados pelos Professores | |||
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Abundância |
Morte/Morrer |
Crescimento |
Paz |
Para começar a criar o MCCFB, o professor identifica dois ou três conceitos bíblicos que poderiam representar a essência do curso. Veja a Tabela 1 para uma lista parcial de conceitos bíblicos que foram coletados por professores. Em seguida, o professor deve gastar tempo no estudo da Bíblia, oração e reflexão sobre os conceitos bíblicos identificados, pedindo a Deus que o ajude a determinar qual conceito bíblico melhor representará a verdade de Deus dentro do conhecimento de conteúdo de seu curso.
O professor continua o processo escrevendo a sentença definidora usando a palavra-conceito do curso selecionada com fundamentação bíblica e descrevendo sua conexão com o conteúdo acadêmico do curso em uma frase. Por exemplo, Linda Crumley, professora de COMM 397: Communication Research (Pesquisa em Comunicação), da Southern Adventist University, em Collegedale, Tennessee, Estados Unidos,8 identificou a palavra “descoberta” como conceito do curso com fundamentação bíblica porque ela identificou a base bíblica para o seu curso como segue: “Deus revela muitas coisas para nós.” A Dra. Crumley então escreveu sua sentença definidora: “Através da descoberta procuramos descobrir o que Deus quer revelar”, baseada em Deuteronômio 29:29.
Ela colocou o conceito bíblico do curso e a sentença definidora em uma forma de diamante verde no centro do MCCFB. A Figura 1 mostra o início do MCCFB para o COMM 397: Pesquisa em Comunicação.
Em seguida, a professora identifica EBs que incluem ensinamentos bíblicos e histórias bíblicas específicas, com os textos de referência, que se relacionam com o conceito do curso bíblico e a sentença definidora.
Dra. Crumley identificou seis EBs para seu curso:
- Deuteronômio 29:29 - Deus revela o que Ele quer que conheçamos.
- Isaías 28:23-29 - Escolha o método certo para o trabalho.
- Isaías 48:6 - Esteja aberto para coisas novas.
- 1 Coríntios 14:40 - Que tudo seja feito com decência e ordem.
- Neemias 8:8 - Interpretar para entender.
- Números 1 - Fazer um censo (um formato processual).
A professora colocou cada um dos EBs em um círculo roxo separado e conectou, com setas, o conceito bíblico do curso a cada um dos EBs no MCCFB. A Figura 2 mostra os EBs adicionados ao MCCFB para o COMM 397. (Note que, se esse curso for ministrado por outros professores, eles poderão ver o propósito do curso diferentemente e encontrar um conceito bíblico diferente e/ou adicional ou diferentes EBs.)
O Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica, como Estágio 1 da Compreensão Popular de Modelo de Planejamento, de McTighe e Wiggins,9 enfatiza a identificação dos resultados finais desejados para o conhecimento de conteúdo do curso. O professor faz isso determinando quais conhecimentos declarativos (CDs) e processuais (CPs) os alunos precisam dominar para demonstrar compreensão do conteúdo do curso. Esses CDs e CPs responderão a pergunta: “Cinco anos após haverem feito este curso, o que os alunos devem saber e ser capazes de fazer?” Alguns professores irão sobrepor estado de atitudes e valores aos CDs e CPs.
A Dra. Crumley identificou três declarações de CDs e três de CPs para seu curso. Em seu MCCFB, ela colocou cada CD em um retângulo laranja e cada CP em um hexágono azul e os adicionou ao mapa. A maioria dos professores não tem um número idêntico de CDs e CPs. No entanto, o professor deve limitar o número total de CDs somados aos CPs a não mais de oito declarações bem estruturadas para garantir um alinhamento claro com os resultados da aprendizagem.
O professor agora revisa os EBs já identificados e determina quais se conectam melhor a cada CD ou CP. Os EBs são geralmente colocados no MCCFB próximo ao CD ou CP ao qual eles se conectam melhor, e uma seta é desenhada conectando-os. A Figura 3 mostra o MCCFB com os CDs e CPs adicionados à COMM 397.
Finalmente, para completar o MCCFB, o professor determina que tipos de avaliações medem melhor a compreensão do estudante de cada CD e CP. Para os millennials, atividades reais ou projetos devem ser usados sempre que possível. O professor coloca as avaliações em retângulos vermelhos e liga cada um ao CD ou CP apropriado.
Na COMM 397, a Dra. Crumley escolheu usar ferramentas de apresentações, como Prezi ou Keynote para iCloud, revisões de literatura, guias de estudo, referências anotadas, leituras em grupo e um projeto de grupo, juntamente com testes, como avaliações para seu curso. Ela não se baseou exclusivamente em questionários e testes, que são avaliações de baixo nível e não devem ser o único tipo de avaliação utilizada. (É importante notar que na Etapa 5 do Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica, o professor escreverá um plano de avaliação [PA] expandido, que incorporará mais informações para as atividades de avaliação aqui identificadas.)
O MCCFB completo para o COMM 397 mostra o conceito bíblico do curso e a frase definidora conectados aos EBs; os EBs conectados aos CDs e CPs; e os CDs e CPs conectados às suas avaliações correspondentes.
Passo 2: Escreva os resultados da aprendizagem (RAs). Os RAs descrevem em forma de frases o que os alunos serão capazes de demonstrar em termos de conhecimento e procedimentos ao terminarem o curso. Os RAs baseiam-se nos CDs e CPs identificados no MCCFB do Passo 1 e são projetados para mostrar intencionalmente a progressão do processo de aprendizagem para direcionar os alunos para o pensamento de ordem superior como representado pela taxonomia revisada de Bloom.10 Os RAs serão registrados no programa do curso para que os alunos compreendam o que se espera deles ao concluírem o curso.
O professor deve escrever um objetivo de aprendizagem para cada CD e CP. Ao escrever os RAs, o professor deve se lembrar de se concentrar na aprendizagem do aluno e declarar os RAs em termos claros, mensuráveis e observáveis. Palavras vagas, como entender, conhecer e familiarizar-se são difíceis de medir e devem ser evitadas. Em vez disso, os docentes devem escolher verbos de ação da taxonomia revisada de Bloom como executar, identificar, descrever, explicar e demonstrar.11 Os cursos básicos, ou cursos de educação geral, usarão mais verbos dos níveis mais baixos da taxonomia – lembrar, compreender, aplicar –, enquanto os cursos superiores e de pós-graduação vão extrair mais dos níveis mais elevados – analisar, avaliar, criar.
A Tabela 2 mostra os RAs para a COMM 397. Lembre-se, há uma correlação de um-para-um entre cada resultado e um CD ou CP; e cada RA deve começar com um verbo ativo da taxonomia revisada de Bloom. Os RAs devem ser listados após esta sentença principal: “Após a conclusão bem-sucedida deste curso, o aluno será capaz de...” A categoria da taxonomia é listada entre parênteses após o RA.
Tabela 2. Resultados Esperados de Aprendizagem para COMM 397: Pesquisa em Comunicação |
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Após a conclusão deste curso, o aluno será capaz de:
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Passo 3: Selecionar atividades de ensino e aprendizagem ativas. Atividades de ensino e aprendizagem ativas (AEAs) apresentam uma grande variedade de estratégias, mas com o ponto comum de “envolver os alunos em fazer coisas e pensar sobre as coisas que estão fazendo”, de acordo com a pesquisa de Bonwell e Eison.12 As AEAs ativas devem ser identificadas e usadas para envolver os alunos - necessidade específica dos alunos millennials.13 Os professores devem identificar os CDs e CPs do currículo e desenvolver atividades que apresentem oportunidades para que os alunos apliquem as habilidades de pensamento utilizadas pelos profissionais da disciplina. Essas AEAs ativas substituem a explanação em todo o período letivo, e muitas pesquisas indicam que elas levam a uma maior realização acadêmica entre todos os alunos adultos, incluindo os millennials.
As principais características associadas à aprendizagem ativa, como definidas pelos pesquisadores, incluem: maior motivação dos alunos, especialmente os adultos; feedback recíproco entre aluno e professor; e maior envolvimento do aluno no pensamento de ordem superior (análise, avaliação e criação). O professor deve planejar introduzir cada objetivo de aprendizagem incorporando várias técnicas de ensino e aprendizagem ativas nos seus planos diários.
As técnicas de aprendizagem ativas variam de técnicas simples (ou seja, pausas periódicas, artigo de um minuto14 ou pense e compartilhe em dupla15) a complexas (isto é, simulação, aprendizado baseado em problemas e/ou aprendizado de serviços) que envolvem mais preparação e tempo de aula. Estratégias detalhadas e mais informações sobre os benefícios de técnicas de ensino e aprendizagem ativas podem ser encontradas visitando os seguintes links:
- http://cei.umn.edu/support-services/making-active-learning-work.16
- http://www.fctl.ucf.edu/TeachingAndLearningResources/CourseDesign/Assessment/content/101_Tips.pdf.17
As AEAs ativas liberam tanto o professor como o aluno de cobrir todas as páginas de um livro-texto e colocam o livro em seu lugar apropriado no curso – como um recurso. Essas atividades também permitem aos professores tempo para apresentar as conexões bíblicas e crenças adventistas identificadas na primeira etapa deste Modelo de Planejamento de Curso. Os alunos precisam ver as conexões entre o conceito bíblico do curso, os EBs, os CDs e CPs, e as atividades de classe e tarefas.
Passo 4: Planejar o feedback. Projetar um plano de feedback (PF) é a quarta etapa do Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica, que deve se tornar parte do programa do curso. O PF tem duas partes: primeira, descreve como o professor solicitará feedback dos alunos; e, segunda, como o professor dará feedback aos alunos. Sem um PF, a maioria das atribuições são frequentemente vistas como tarefas obrigatórias pelos alunos. A ausência de feedback rápido e útil reduz o interesse pela aprendizagem. Quando os professores fornecem feedback imediato aos alunos, seguido por uma discussão das respostas incorretas, eles estão implementando um dos indicadores mais poderosos de resultados positivos entre alunos. Pesquisas sobre o estudo do cérebro humano indicam que os seres humanos estão biologicamente preparados para buscar e usar o feedback.18
Para a maioria das tarefas, o professor deve fornecer feedback aos alunos dentro de 24 a 48 horas19 para intencionalmente “fechar o ciclo da avaliação”. Idealmente, esse fechamento permite que os alunos utilizem a contribuição do professor para melhorar sua aprendizagem nas atividades e atribuições das aulas subsequentes.20 Para tarefas maiores, que exigem mais tempo, os professores devem declarar a data de retorno dessas tarefas no programa de curso e lembrar os alunos disso quando a atribuição for recolhida.
O feedback dos alunos é muitas vezes ignorado pelos professores. Uma técnica rápida, o artigo de um minuto (The Minute Paper),21 pode ser usada por professores para obter feedback dos alunos. O professor pede aos alunos que escrevam em sala, por um minuto, e respondam a uma pergunta semelhante a estas: “Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu durante esta aula?”; “Que pergunta importante permanece sem resposta?”; ou: “Dê um exemplo que se relacione ao assunto do dia.”
Passo 5: Plano de avaliação. O plano de avaliação (PA) deve ser apresentado de forma que reflita uma cosmovisão bíblica. A avaliação tem um significado espiritual, como nos é lembrado em Deuteronômio: “O Senhor, o seu Deus, está pondo vocês à prova.”22 O propósito primário da avaliação é que os alunos saibam descartar o erro e reter a verdade: “mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom.”23 Os professores também devem ter em mente que eles mesmos serão julgados pela maneira como avaliam, “pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês”.24
Para que os professores façam da avaliação uma valiosa ferramenta de aprendizado, os alunos precisam saber antecipadamente o que esperar e quando esperar. Eles também desejam opções; uma variedade de tipos de avaliação que visam diferentes estilos de aprendizagem é apreciada por alunos millennials, pois apresenta uma representação mais precisa da aprendizagem em curso. Portanto, um PA formal deve ser escrito e colocado no plano de ensino descrevendo quais tipos de avaliação, incluindo a formativa e a somativa, serão parte do curso, quando serão realizadas as avaliações e como serão julgadas. O PA também deve incluir rubricas ou listas de verificação para todas as tarefas principais e a escala de notas que será usada no curso.
Passo 6: Verificar o alinhamento. Um elemento importante do Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica é o alinhamento. Todos os componentes do modelo devem ser verificados para garantir que se alinhem entre si. O professor deve lembrar o seguinte:
- No curso, o fundamento bíblico da fé e do aprendizado deve ser representado pelo conceito bíblico do curso e pela sentença definidora, que deve ser conectada naturalmente através de exemplos bíblicos (EBs), dos conhecimentos declarativos (CDs) e/ou conhecimentos processuais (CPs).
- Deve haver pelo menos um trabalho, atividades de ensino e aprendizagem ativas (AEA) e avaliação para cada resultado esperado de aprendizagem (RA).
- RAs importantes precisam ser revisitados frequentemente ao longo do semestre e podem precisar de várias alusões, AEAs ativas e avaliações.
- Cada AEA deve se alinhar a um CD ou CP; cada CD e CP deve se alinhar a um RA; e cada RA deve ser avaliado.
Passo 7: Preparar um programa de curso detalhado. Finalmente, como clímax do curso recém-programado, o professor elabora um programa de ensino detalhado que reflete tanto os requisitos da faculdade ou universidade, como mantém em mente as preferências de todos os alunos.25 Os professores devem fazer o seguinte:
- Escrever um parágrafo descrevendo a conexão da fundamentação bíblica com o conteúdo do curso.
- Incluir os elementos recém-programados que ilustram a fundamentação bíblica do curso, como o MCCFB, RA, PF e PA, que incluam opções de tarefas e o calendário do curso.
- Listar as formas como os alunos devem contatá-los, se necessário, fora do horário de aula, incluindo horários regulares e “horários eletrônicos de expediente”.
- Fornecer horários e informações de contato para outras possibilidades de ajuda, tais como o TI, ou Sistema de Apoio ao Usuário, recursos da biblioteca, ajuda do centro de pesquisa e produção de texto e/ou tutores e assistentes de laboratório, etc.
- Fornecer cópias das políticas institucionais, como as relacionadas com (1) alunos com deficiência e (2) honestidade acadêmica (plágio).
- Certificar-se de que as instruções para concluir todas as tarefas listadas no calendário do curso estão descritas em detalhes e que vistos ou checklists serão fornecidos para as tarefas principais.
Para obter informações adicionais sobre cada passo, consulte:http://www.-southern.edu/administration/cte/Docs/Biblical_Foundations_Course_Design_Steps.pdf.
Conclusão
As diferenças de gerações continuarão ao longo do tempo. Portanto, o Ensino Superior também deve mudar para atender às necessidades específicas de cada grupo matriculado na instituição. Ao desenvolver o Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica, os autores sentiram-se convencidos de que todos os professores seriam capazes de ensinar a partir de um fundamento bíblico exclusivamente adventista, bem como atender às necessidades distintivas da geração millennial. Sob esse modelo, cada curso ministrado em uma instituição adventista do sétimo dia de Ensino Superior diferirá significativamente de cursos similares ministrados em instituições seculares ou outras instituições cristãs. Além disso, quando esse modelo for seguido, os professores estarão mais bem preparados para levar os alunos a uma compreensão mais profunda de uma cosmovisão bíblica baseada na fé e educar os alunos a pensar biblicamente em vez de humanisticamente. O resultado final deve produzir alunos capazes de incorporar a cosmovisão bíblica adventista em ambientes ocupacionais do mundo real e mais capazes de fazer a diferença para Ele através de seu chamado e vocação.
Este artigo foi revisado por pares.
Citação recomendada:
Cynthia M. Gettys and Elaine D. Plemons, “Modelo de Planejamento de Curso com Fundamentação Bíblica: ensinando os millennials no Ensino Superior,” Revista Educação Adventista 43:1 (Outubro–Dezembro 2016). Disponível em https://www.journalofadventisteducation.org/pt/2018.1.4.
NOTAS E REFERÊNCIAS
- Neil Howe e William Strauss, autores do best-seller Millennials Rising: The Next Generation (New York: Vintage Books, 2000), forneceram o primeiro olhar abrangente sobre essa geração específica e definiram os millennials como os nascidos entre 1982 e 2004. Esse grupo inclui um amplo número de alunos de todo o mundo (tradicionais e não tradicionais) matriculados no Ensino Superior em aulas presenciais e on-line.
- Paula Gleason, “Meeting the Needs of Millennial Students,” In Touch Newsletter 16:1 (Winter 2008) Student Services, California State University, Long Beach. Disponível em: http://web.csulb.edu/divisions/students2/intouch/archives/2007-08/vol16_no1/01.htm. Salvo indicação em contrário, todos os websites nas notas finais foram acessados em julho de 2016.
- Entrevista de Rick Ostrander com David Kinnaman e Gabe Lyons, “Developing Good Faith,” Advance (Washington, D.C.: Counsel for Christian Colleges and Universities, primavera de 2016):54, 55. Disponível em: https://issuu.com/cccu/docs/16_springadvance_web/55.
- Open Culture, “MOOCs from Great Universities (Many with Certificates)” (2016). Disponível em: http://www.openculture.com/free_certificate_courses.
- Josué 24:15; versão Almeida Revista e Atualizada.
- Nancy Pearcey, Total Truth: Liberating Christianity from Its Cultural Captivity (Wheaton, Ill.: Crossway Books, 2005):44.
- Stephen Covey, Seven Habits of Highly Effective People (New York: Simon & Schuster, 1989):95-144.
- Nome e materiais do curso usados com permissão.
- Jay McTighe e Grant Wiggins, Understanding by Design Guide to Creating High-quality Units (Alexandria, Va.: Association for Supervision and Curriculum Development, 2011).
- Loren Anderson, A Taxonomy for Learning, Teaching, and Assessing: A Revision of Bloom’s Taxonomy of Educational Objectives, Complete Edition (New York: Worth Publishers, 2010).
- Ibid.
- Charles Bonwell and James Eison, “Active Learning: Creating Excitement in the Classroom,” in ASHE-ERIC Higher Education Report no 1 (Washington, D.C.: George Washington University, 1991):19.
- Jeff Nevid, “Teaching the Millennials,” Observer 24:5 (maio/junho de 2011), Association for Psychological Sciences. Disponível em: http://www.psychologicalscience.org/index.php/publications/observer/2011/may-june-11/teaching-the-millennials.html.
- Ver “Minute Paper,” in Office of Graduate Studies, University of Nebraska, para uma descrição de como aplicá-lo. Disponível em: http://www.unl.edu/gradstudies/current/teaching/minute. O Minute Paper é uma técnica de avaliação para sala de aula popularizada por Thomas A. Angelo e K. Patricia Cross em seu bem conhecido recurso Classroom Assessment Techniques: A Handbook for College Teachers, 2nd ed. (San Francisco: Josey-Bass, 1993).
- Para mais informações sobre essa estratégia cooperativa de aprendizagem ver Think-Pair-Share. Disponível em: http://archive.wceruw.org/cl1/CL/doingcl/thinkps.h... e http://serc.carleton.edu/introgeo/interactive/tpshare.html.
- “What Is Active Learning?” in University of Minnesota, Center for Teaching and Learning. Disponível em: http://www1.umn.edu/ohr/teach-learn/tutorials/active/what/index.html.
- “Interactive Techniques” In Teaching and Learning Resources, University of Central Florida, Karen L. Smith Faculty Center for Teaching & Learning. Disponível em: http://www.fctl.ucf.edu/TeachingAndLearningResources/CourseDesign/Assessment/content/101_Tips.pdf.
- James Zull, From Brain to Mind (Sterling, Va.: Stylus Publishing, 2011).
- John McCarthy, “Timely Feedback: Now or Never,” Edutopia (janeiro de 2016). Disponível em: http://www.edutopia.org/blog/timely-feedback-now-or-never-john-mccarthy; Grant Wiggins, “Seven Keys to Effective Feedback,” Educational Leadership 70:1 (setembro de 2012):10-16. Disponível em: http://www.ascd.org/publications/educational-leadership/sept12/vol70/num01/Seven-Keys-to-Effective-Feedback.aspx.
- James Nichols and Karen Nichols, A Road Map for Improvement of Student Learning and Support Services Through Assessment (Flemington, N.J.: Agathon Press, 2005).
- “Minute Paper,” in Office of Graduate Studies, University of Nebraska.
- Deuteronômio 13:3. Nova Versão Internacional (NVI). Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional®, NIV®. Todos os direitos reservados.
- 1 Tessalonissences 5:21; NVI.
- Mateus 7:2; NVI.
- Os alunos matriculados em faculdades e universidades adventistas em todo o mundo representam uma comunidade global. Vários estudos têm procurado descobrir se os millennials de diferentes partes do mundo compartilham as mesmas necessidades e preocupações. A Pesquisa com millennials Iris de 2015 (traduzida em mais de 10 idiomas diferentes) entrevistou 23 mil alunos de 23 países diferentes. Disponível em: http://irismillennials.com/articles/2015-survey/; a Universum Global realizou o primeiro estudo em larga escala sobre as atitudes e ações dos millennials e suas variações ao redor do mundo. Eles pesquisaram 16.637 pessoas em 43 países da Ásia, África, Europa, América Latina, América do Norte e do Oriente Médio. Os entrevistados tinham entre 18 e 30 anos de idade. Os dados são compartilhados em um relatório de seis partes: “Understanding a Misunderstood Generation” (Entendendo uma geração mal entendida). Disponível em: http://universumglobal.com/millennials/.